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Mostrando postagens de fevereiro, 2010

consciente o bastante (ou não forte o bastante)

estou mantendo todos esses relacionamentos ao mesmo tempo pra não perder mais tempo e viver todos os relacionamentos necessários para que finalmente o inferno volte aqui pra casa e me diga que já vivemos o bastante em paz e que agora, enfim, podemos viver juntos. estou encerrando todos esses relacionamentos ao mesmo tempo pra não sobrar mais tanto tempo depois que eles terminarem com o tempo. talvez seja melhor encerrar antes que apareça alguma vontade de me manter nos desnecessários que não andam bem pois andam em paz. andam em paz até demais agora que sei que até o inferno não quer mais voltar já que até ele foi capaz de perceber que só um pouco de paz já é o bastante e, por fim, apenas uma parte do inferno vai preferir ficar em paz.  

Retorno (ou agridoce)

Dos três que se encontram naquela sala apenas Arquimedes, o gato, parece se divertir com aquilo tudo. Pula de “torre” em “torre”, explorando as pilhas de caixas de papelão empilhadas pela sala. Logo o felino se enjoa de toda aquela aventura e deita-se preguiçoso no seu do canto predileto do sofá, bem onde bate uma faixa de luz do sol no fim da tarde. Era também meu lugar preferido. Outro fato que o gato deve estar adorando é que, finalmente, o silêncio habitual voltou a reinar após um mês inteiro de turbulências repentinas. Se fossem contínuas, Arquimedes já teria se acostumado e cochilaria tranquilo. Mas não era assim, ele sempre se assustava com aquele imprevisível caos, aquele súbito levantar de vozes e gritaria que começavam e terminavam por mil motivos banais, nenhum deles “o” real. Eu já sabia há um tempo que iria acontecer. Após anos de convivência harmoniosa, de repente ele começou a implicar com qualquer coisa, até mesmo com as minhas habituais implicâncias e tudo era motivo p