num impulso só (ou tudo o que coube entre os dois tempos)
,seis, sete ; neide, mais uma vez, conte até dez. dezenas de dez eu sugiro que reze um terço e a sua avó ora por ti. ligue para ela e peça alguma lição de vida alguma coisa que ela saiba e você não, apesar de achar que sabe mais que ela por causa da internet. invente alguma coisa. chore porque ela existe e existir te faz chorar ou chore porque um dia ela não estará mais aqui. apenas isso. sorria porque ela tem aquelas mãos que são só dela e que oram e que se acariciam por pena. desse jeito assim: palma com palma e você percebe a textura tão bem. pare de contar até dez, ligue a tevê e procure não pensar no que os outros fazem enquanto você encaixa seu dedo indicador no umbigo teu e tua vontade de chorar ainda persiste. fique calma que em algum momento todo mundo tem desses momentos, aceite isso. sua avó ora por ti e não há espaço para o vácuo. não pra ela. ela se esforça pra não pensar porque só ela telefona. deixa ela discar, apenas deixa. neide, não existe paz, pare de contar e nem pe