A página errada (ou a verdade relativa)
Depois de tantos anos, eu o vi. Foi de relance, por acaso: informava a uma moça asiática onde ficava a seção de literatura estrangeira. Naquele breve instante em que olhei para as estantes com livros estrangeiros, apontei e voltei a encarar a moça, foi durante aqueles 37 segundos que eu o percebi, pelo canto do olho, a alguns metros de mim.
Depois que ela se afastou – após agradecer baixinho e dar um sorriso acompanhado de um desviar de olhos, típico de pessoas tímidas – olho na mesma direção de antes, mas não vi mais rastro algum. Foi então que percebo que faz muitos anos que não pensava nele e em mais ninguém daquela empresa.
A empresa a que me refiro era um escritório de contabilidade em São Paulo, com certo renome até. Não cabe aqui mencionar qual é, mesmo porque não tem relevância alguma. O que basta saber é que trabalhei lá durante mais de dez anos e todos ficaram bastante surpresos quando declarei minha decisão.
“Mas por quê?”, me perguntavam. “Ouvi dizer que você seria promovido!”.
De fato, eu seria. Quando pedi demissão, uma oferta ainda maior foi feita e eu, sem pestanejar, recusei. Para não se darem por vencidos, disseram que não poderiam me demitir naquela semana por causa de questões burocráticas, mas na próxima, se ainda o quisesse, poderia ir embora. Foi a semana mais longa da minha vida.
Não ligava para os boatos e murmúrios sobre a minha saída. Era natural que todos já soubessem e ficassem indignados. Só não digo que eu fui o assunto da semana porque, na mesma época, ele – a quem pensei ter visto minutos atrás- também pedira demissão. E todos o conheciam mais do que a mim, já que eu era mais reservado.
Temos histórias bem parecidas, mas nunca pensei muito nisso. Era um daqueles rapazes expansivos e talentosos, e entrara na empresa quando ainda era menor de idade, como office boy. Aos poucos conquistou a confiança e simpatia de todos e, por seu interesse e facilidade em aprender, foi galgando seu lugar ao sol.
Talvez por sua humildade e carisma, ele conquistava facilmente a amizade de todos, independente da posição social. Por mais que subisse de cargo, ele cumprimentava e tratava a todos igualmente, desde os mais humildes até a diretoria. Em reuniões e comemorações, era sempre fácil saber onde estava: bastava seguir as risadas. Ele era sempre o centro das atenções.
Naquela minha última semana, perguntaram-me bastante sobre mim, mas mais ainda sobre ele. Achavam que éramos próximos e nos confundiam bastante. Não sei o que ele achava disso, eu nunca me importei muito.
Na verdade, o que eu pensava sobre ele era muito diferente da opinião dos outros, que o viam apenas como um sol ou qualquer outra estrela de massa tão densa que atraía os outros ao seu redor. Apenas alguém com uma mente despida de preconceitos - e que não orbitasse admirado ao seu redor - conseguiria perceber que quando sorria o fazia apenas com a boca.
Apesar de me sentir mais próximo dele do que os outros, não sabia quais foram os seus motivos e nunca fiquei curioso a respeito. Ouvi dizer que poderia ser por causa de Ana. Ana foi a única mulher que conseguira a atenção particular dele, mesmo que por apenas alguns meses. Ele sempre fora bastante assediado pelas mulheres, mas dispensava-as de uma maneira que pelo menos a amizade mantinha-se intacta. Os outros sempre queriam saber como ele fazia isso.
Ana saiu do escritório, na mesma época em que terminaram. Apesar das portas fechadas, era possível escutá-la dizer que já não aguentava mais.
- Não sei quem é você!
- Mas... eu sou um livro aberto!
- Mentiroso...
No dia seguinte, todos já sabiam. Ana não aguentou, encontrou um emprego melhor ou similar e sumiu. Nunca mais se falou no assunto, pelo menos não enquanto ele estava presente. Nos cochichos e burburinhos, era sempre o assunto preferido, principalmente por aquelas que haviam sido rejeitadas.
A fama de mentiroso e fingido cresceu, mas creio que ele mesmo teve certa culpa nisso. Gostava de inventar histórias para divertir o resto das pessoas e, até então, ninguém se preocupava muito se eram verdadeiras ou não. A preferida dele era a respeito de uma grande cicatriz que possuía no braço esquerdo e que, a cada vez que perguntavam, contava uma história diferente. E todos riam e, de propósito, perguntavam vezes seguidas e ele nunca repetiu uma explicação sequer, dizendo cada uma delas com total convicção e desembaraço.
A inveja e o ressentimento, até então escondidos, alimentaram os comentários maldosos. O que antes era visto como inocente descontração, agora era tido como falsidade e fingimento, como se a máscara finalmente tivesse caído.
Os superiores, entretanto, não se importavam com aquilo tudo e ele, por seu esforço e dedicação, continuava a ser promovido. Isso despertou ainda mais intrigas e fofocas.
Não acho que ele se importou com isso, embora com certeza tenha notado. Aos poucos passou a permanecer menos tempo nos eventos sociais da empresa, alegando serviços atrasados e urgências mil, até a reclusão total a que se submeteu durante quase um ano. Mas não acho que foi isso que o fez desistir de tudo.
Nunca achei que ele mentia, pelo menos não em assuntos sérios. O que ninguém entendeu é que ele era, de verdade, um livro aberto – só que na página errada. Sabe, aquela página em que o leitor é induzido a pensar o exato oposto, para que no final do livro seja revelada toda a trama real. Mas ninguém chegava lá.
A tristeza dele, a meu ver, era que todos se contentavam com a página que ele mostrava e nem buscavam realmente folhear o livro, ir mais a fundo e ler com mais cautela. Irônico pensar que, de todas as pessoas daquela empresa, eu, que possuía o menor interesse nele, era também o que mais o conhecia. E vice-versa.
Oito mil cento e noventa e sete quilômetros e dois anos se passaram. Percebo então que é impossível que tenha sido ele, minutos atrás, que vi de relance. Olho ao redor, sem muito empenho, e não o vejo novamente. Na verdade, não sinto vontade de revê-lo e nem ninguém que deixei para trás. Minha vida é aqui e agora, em outro país e outra profissão que, embora não tenha tanta perspectiva de crescimento, me satisfaz. Estou contente com a vida que levo e com a paz que a falsidade outrora roubara de mim.
Meus devaneios são interrompidos pela moça de minutos atrás, que voltou a me procurar. Com alguns livros na mão, me pergunta se eu tenho, em estoque ou em outras lojas da franquia, um outro título que eu bem conheço. Comento com ela, enquanto busco os dados no computador, que aquele escritor era meu conterrâneo.
Ela abre um sorriso, muito maior do que o anterior e desta vez nem desviou o olhar. Conta que tem interesse por culturas diversas e que adoraria conhecer outros países, entre eles o Brasil. Principalmente a Chapada Diamantina. Confesso que eu também não conheço a Chapada e ela me olha com reprovação fingida. “Como assim não conhecer o próprio país de origem?”, parecia dizer.
Eu a desafio a conhecer por inteiro sua terra natal, mas só o fiz porque o inglês dela é bem fluente e sem sotaque estrangeiro, sinal de que mora no Canadá há mais tempo do que em qualquer outro lugar. Ela sorri e diz que saíra da China ainda bebê e que obviamente não se lembrava de nada de lá: nem dos lugares ou cheiros ou cores. Duvido até que se lembrasse dos pais biológicos.
Ela então baixa os olhos, e ficamos em silêncio. Talvez eu tenha dito algo que não deveria, mas não pareceu pois ela não está zangada.
Nesse momento o computador termina a busca e, por sorte, há um exemplar disponível, mas em outra loja da franquia, em outra cidade. Com o consentimento dela, reservo o livro, que será enviado para cá em dois ou três dias. Sinto uma tola animação ao pensar que talvez a veja novamente.
Ela então agradece e sorri, sem olhar para baixo como fizera da outra vez. Penso que vai se afastar e ir embora, mas ela me olha e pergunta curiosa o que já devia estar pensando há muito tempo. Ela quer saber como eu fizera aquela cicatriz tão grande no braço.
Tenho a certeza de que ele não voltará mais. Respiro aliviado.
Falo então que é uma longa e até que divertida história, mas que fica melhor ainda se acompanhada com café.
Depois que ela se afastou – após agradecer baixinho e dar um sorriso acompanhado de um desviar de olhos, típico de pessoas tímidas – olho na mesma direção de antes, mas não vi mais rastro algum. Foi então que percebo que faz muitos anos que não pensava nele e em mais ninguém daquela empresa.
A empresa a que me refiro era um escritório de contabilidade em São Paulo, com certo renome até. Não cabe aqui mencionar qual é, mesmo porque não tem relevância alguma. O que basta saber é que trabalhei lá durante mais de dez anos e todos ficaram bastante surpresos quando declarei minha decisão.
“Mas por quê?”, me perguntavam. “Ouvi dizer que você seria promovido!”.
De fato, eu seria. Quando pedi demissão, uma oferta ainda maior foi feita e eu, sem pestanejar, recusei. Para não se darem por vencidos, disseram que não poderiam me demitir naquela semana por causa de questões burocráticas, mas na próxima, se ainda o quisesse, poderia ir embora. Foi a semana mais longa da minha vida.
Não ligava para os boatos e murmúrios sobre a minha saída. Era natural que todos já soubessem e ficassem indignados. Só não digo que eu fui o assunto da semana porque, na mesma época, ele – a quem pensei ter visto minutos atrás- também pedira demissão. E todos o conheciam mais do que a mim, já que eu era mais reservado.
Temos histórias bem parecidas, mas nunca pensei muito nisso. Era um daqueles rapazes expansivos e talentosos, e entrara na empresa quando ainda era menor de idade, como office boy. Aos poucos conquistou a confiança e simpatia de todos e, por seu interesse e facilidade em aprender, foi galgando seu lugar ao sol.
Talvez por sua humildade e carisma, ele conquistava facilmente a amizade de todos, independente da posição social. Por mais que subisse de cargo, ele cumprimentava e tratava a todos igualmente, desde os mais humildes até a diretoria. Em reuniões e comemorações, era sempre fácil saber onde estava: bastava seguir as risadas. Ele era sempre o centro das atenções.
Naquela minha última semana, perguntaram-me bastante sobre mim, mas mais ainda sobre ele. Achavam que éramos próximos e nos confundiam bastante. Não sei o que ele achava disso, eu nunca me importei muito.
Na verdade, o que eu pensava sobre ele era muito diferente da opinião dos outros, que o viam apenas como um sol ou qualquer outra estrela de massa tão densa que atraía os outros ao seu redor. Apenas alguém com uma mente despida de preconceitos - e que não orbitasse admirado ao seu redor - conseguiria perceber que quando sorria o fazia apenas com a boca.
Apesar de me sentir mais próximo dele do que os outros, não sabia quais foram os seus motivos e nunca fiquei curioso a respeito. Ouvi dizer que poderia ser por causa de Ana. Ana foi a única mulher que conseguira a atenção particular dele, mesmo que por apenas alguns meses. Ele sempre fora bastante assediado pelas mulheres, mas dispensava-as de uma maneira que pelo menos a amizade mantinha-se intacta. Os outros sempre queriam saber como ele fazia isso.
Ana saiu do escritório, na mesma época em que terminaram. Apesar das portas fechadas, era possível escutá-la dizer que já não aguentava mais.
- Não sei quem é você!
- Mas... eu sou um livro aberto!
- Mentiroso...
No dia seguinte, todos já sabiam. Ana não aguentou, encontrou um emprego melhor ou similar e sumiu. Nunca mais se falou no assunto, pelo menos não enquanto ele estava presente. Nos cochichos e burburinhos, era sempre o assunto preferido, principalmente por aquelas que haviam sido rejeitadas.
A fama de mentiroso e fingido cresceu, mas creio que ele mesmo teve certa culpa nisso. Gostava de inventar histórias para divertir o resto das pessoas e, até então, ninguém se preocupava muito se eram verdadeiras ou não. A preferida dele era a respeito de uma grande cicatriz que possuía no braço esquerdo e que, a cada vez que perguntavam, contava uma história diferente. E todos riam e, de propósito, perguntavam vezes seguidas e ele nunca repetiu uma explicação sequer, dizendo cada uma delas com total convicção e desembaraço.
A inveja e o ressentimento, até então escondidos, alimentaram os comentários maldosos. O que antes era visto como inocente descontração, agora era tido como falsidade e fingimento, como se a máscara finalmente tivesse caído.
Os superiores, entretanto, não se importavam com aquilo tudo e ele, por seu esforço e dedicação, continuava a ser promovido. Isso despertou ainda mais intrigas e fofocas.
Não acho que ele se importou com isso, embora com certeza tenha notado. Aos poucos passou a permanecer menos tempo nos eventos sociais da empresa, alegando serviços atrasados e urgências mil, até a reclusão total a que se submeteu durante quase um ano. Mas não acho que foi isso que o fez desistir de tudo.
Nunca achei que ele mentia, pelo menos não em assuntos sérios. O que ninguém entendeu é que ele era, de verdade, um livro aberto – só que na página errada. Sabe, aquela página em que o leitor é induzido a pensar o exato oposto, para que no final do livro seja revelada toda a trama real. Mas ninguém chegava lá.
A tristeza dele, a meu ver, era que todos se contentavam com a página que ele mostrava e nem buscavam realmente folhear o livro, ir mais a fundo e ler com mais cautela. Irônico pensar que, de todas as pessoas daquela empresa, eu, que possuía o menor interesse nele, era também o que mais o conhecia. E vice-versa.
Oito mil cento e noventa e sete quilômetros e dois anos se passaram. Percebo então que é impossível que tenha sido ele, minutos atrás, que vi de relance. Olho ao redor, sem muito empenho, e não o vejo novamente. Na verdade, não sinto vontade de revê-lo e nem ninguém que deixei para trás. Minha vida é aqui e agora, em outro país e outra profissão que, embora não tenha tanta perspectiva de crescimento, me satisfaz. Estou contente com a vida que levo e com a paz que a falsidade outrora roubara de mim.
Meus devaneios são interrompidos pela moça de minutos atrás, que voltou a me procurar. Com alguns livros na mão, me pergunta se eu tenho, em estoque ou em outras lojas da franquia, um outro título que eu bem conheço. Comento com ela, enquanto busco os dados no computador, que aquele escritor era meu conterrâneo.
Ela abre um sorriso, muito maior do que o anterior e desta vez nem desviou o olhar. Conta que tem interesse por culturas diversas e que adoraria conhecer outros países, entre eles o Brasil. Principalmente a Chapada Diamantina. Confesso que eu também não conheço a Chapada e ela me olha com reprovação fingida. “Como assim não conhecer o próprio país de origem?”, parecia dizer.
Eu a desafio a conhecer por inteiro sua terra natal, mas só o fiz porque o inglês dela é bem fluente e sem sotaque estrangeiro, sinal de que mora no Canadá há mais tempo do que em qualquer outro lugar. Ela sorri e diz que saíra da China ainda bebê e que obviamente não se lembrava de nada de lá: nem dos lugares ou cheiros ou cores. Duvido até que se lembrasse dos pais biológicos.
Ela então baixa os olhos, e ficamos em silêncio. Talvez eu tenha dito algo que não deveria, mas não pareceu pois ela não está zangada.
Nesse momento o computador termina a busca e, por sorte, há um exemplar disponível, mas em outra loja da franquia, em outra cidade. Com o consentimento dela, reservo o livro, que será enviado para cá em dois ou três dias. Sinto uma tola animação ao pensar que talvez a veja novamente.
Ela então agradece e sorri, sem olhar para baixo como fizera da outra vez. Penso que vai se afastar e ir embora, mas ela me olha e pergunta curiosa o que já devia estar pensando há muito tempo. Ela quer saber como eu fizera aquela cicatriz tão grande no braço.
Tenho a certeza de que ele não voltará mais. Respiro aliviado.
Falo então que é uma longa e até que divertida história, mas que fica melhor ainda se acompanhada com café.
Excelente texto! Gosto particularmente das partes "Apenas alguém com uma mente despida de preconceitos - e que não orbitasse admirado ao seu redor dele - conseguiria perceber que quando sorria o fazia apenas com a boca." e "A tristeza dele, a meu ver, era que todos se contentavam com a página que ele mostrava e nem buscavam realmente folhear o livro, ir mais a fundo e ler com mais cautela."
ResponderExcluirOpa, valeu! =)
ResponderExcluirMas relendo agora, o q eu deveria ter feito antes de postar porque tinha uns erros meio toscos de português, acho que cortaria um monte de coisa e que algumas partes ficaram bem confusas.
Tudo culpa do uiu! =P
debs
ResponderExcluirda pra corigir uma postagem, mesmo depois de enviada
é so clicar em editar
se nao rolar, me avisa o que é, que eu faço
adoro conversas transparentes
o proximo comentário vai ser o comentario do texto propriamente dito
Aviso, comentário com Spoiler
ResponderExcluirnao leia se vc ainda não leu o texto
"Nunca achei que ele mentia, pelo menos não em assuntos sérios. O que ninguém entendeu é que ele era, de verdade, um livro aberto – só que na página errada. Sabe, aquela página em que o leitor é induzido a pensar o exato oposto, para que no final do livro seja revelada toda a trama real. Mas ninguém chegava lá. "
isso incrivel.
incrivel por acontecer realmente com muita gente e mais incrivel ainda por ser uma metáfora ao prórpio texto.
achei genial o lance da mentira, da historia inventada, e dele falar sobre si m esmo em terceira pessoa e no final inverter os papeis mostrando que era só mais uma de suas histórias. e que a verdade é relativa mesmo, é tudo ponto de vista. ate um certo trecho do texto eu tinha varios comentarios pra ressaltar pontos que achava que não tiham ficado claros
depois de ler tudo, o texto se completou.
muito bom débora, mesmo.
ah, eu tava brincando, seu bobo, não é culpa sua não! Eu que corri porque queria cumprir o prazo q tinha te dado, ainda mais pq quando você criou este blog a FREQUÊNCIA era um ponto q vc tinha dado importância e eu me sentia um pouco culpada, pq só escrevi um texto este tempo todo (o outro já estava escrito antes... não sei se valeu).
ResponderExcluirMas eu tinha corrigido sim alguns erros que vi só mais tarde, mas não mudei muita coisa não, foram mais erros de português. eu achei q tava meio confuso e extenso demais, mas se deu pra entender, fico satisfeita! =)
Eu adimiro pessoas que conseguem escrever de um jeito tão atrativo(atrativo não é a palavra certa, mas eu acho q se aproxima mais). um dia ainda escrevo assim :)
ResponderExcluirQuando o personagem fala de estar na pagina errada,me lembrou um pouco o pequeno principe e seu desenho da jiboia e elefante. Uma especie de desafio e seleção das pessoas para adentrarem o seu proprio universo(viajei :D)que a grande maioria não consegue.
bjju
Muito esmarto esse texto! Parabéns! Me pegou. ahaha
ResponderExcluirÉ um texto que deve ser lido 2 vezes no mínimo. A primeira com virgindade e na segunda com incredulidade de que se foi levado tão facilmente para qualquer lugar que o autor quisesse